“Com uma voz sem som descobri nas letras o grito que fala do que vê o coração e do que sente os olhos ante a injustiça, o preconceito, a desigualdade e o medo.” Adriana Kairos
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Despedida
Despedida
Preciso beijá-la.
Quero que me beijes. – respondeu, ela, de algum lugar.
Tens que me perdoar. – suplicou.
Sabes que o perdôo. – sussurrou de lá.
Sou um estúpido! – perdeu o controle.
Fui uma tola! – analisou.
O que estou dizendo? – recobrou o tino.
O que está havendo? – pressentiu o mal.
Não temos mais chances... – constatou, ele.
Nunca mais o verei. – resignou-se gélida.
Abnegando a paixão.
Ele deixou-lhe ébrios cravos serenados de lágrimas
Em sua lápide fria.
Ela deixou-lhe serenas saudades
Fustigadas nos olhos chorosos
Represados de remorsos e solidão.
Adriana Kairos
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"Às vezes, tenho a impressão de que escrevo por simples curiosidade intensa. É que ao escrever, eu me dou as mais inesperadas surpresas. É na hora de escrever que muitas vezes fico consciente de coisas, das quais, sendo inconscientes, eu antes não sabia que sabia."
Clarice Lispector
Um comentário:
[...] Abnegando a paixão.
O pior cego é aquele que finge não ver! LINDO ADRI!
Passar por aki é sempre bom; seus textos me remetem a coisas muito boas mesmo, de verdade!
bjão amiga!
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